RH em Pauta

Silencie para liderar: como a escuta ativa transforma equipes

05/08/2025 | Por: @atribunapiracicabana

RH em Pauta

Vivemos na era da velocidade, das múltiplas telas e da constante enxurrada de informações. As redes sociais, os aplicativos de mensagens e a cultura da hiperconexão nos habituaram a responder rápido, consumir conteúdos curtos e dispersar a atenção com facilidade. O resultado é alarmante: estamos perdendo a capacidade de ouvir com profundidade. O ato de escutar genuinamente o outro se tornou raro — e no mundo do trabalho, isso representa um grande desafio para a liderança. No contexto da gestão de pessoas, a escuta ativa vai além de uma simples habilidade de comunicação: ela é uma ferramenta estratégica. Escutar com atenção significa estar presente, captar não apenas as palavras ditas, mas também os sentimentos e intenções por trás delas. É demonstrar respeito, empatia e abertura para o diálogo. Quando um gestor pratica a escuta ativa, ele se torna mais sensível às necessidades da equipe, identifica sinais de desmotivação, conflitos em potencial e oportunidades de desenvolvimento que passariam despercebidas em uma escuta superficial. A escuta ativa fortalece os laços de confiança dentro da equipe. Quando o colaborador sente que sua voz é ouvida e considerada, ele se engaja mais, contribui com ideias e se sente parte das soluções. Isso gera um ambiente de trabalho mais colaborativo, com relações mais saudáveis e um clima organizacional positivo. Além disso, ouvir com atenção evita mal-entendidos, reduz retrabalho e aumenta a eficácia das decisões, pois o gestor passa a considerar diferentes pontos de vista antes de agir. Outro aspecto relevante é que a escuta ativa também é uma forma de retenção de talentos. Profissionais que se sentem ignorados tendem a se afastar emocionalmente e, com o tempo, buscar novas oportunidades. Já aqueles que percebem abertura para diálogo e espaço para expressar opiniões permanecem mais comprometidos. Considere essa situação tão presente em nossa rotina: Durante uma reunião de rotina, um colaborador comenta, quase de forma casual, que tem tido dificuldades para manter a produtividade devido à sobrecarga de tarefas. Um gestor com escuta passiva poderia ignorar ou minimizar a fala. Já um líder atento identifica um alerta importante. Ele chama o colaborador para uma conversa individual, entende melhor o contexto, redistribui demandas e evita o desgaste do profissional. Resultado: melhora no desempenho, prevenção de burnout e fortalecimento da relação de confiança com a equipe. Ouvir é um ato de liderança. Em tempos de distrações constantes, praticar a escuta ativa é uma escolha consciente — e poderosa — que transforma relações e impulsiona resultados. Pense nisto. Na próxima semana vamos abordar a importância da concentração. Combinado?

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