RH em Pauta
Do achismo ao dado: como a rigorosidade sustenta decisões inteligentes
09/09/2025 | Por: @atribunapiracicabana
No ritmo acelerado das empresas, onde
prazos são curtos, reuniões se multiplicam e o café parece evaporar, o
detalhismo se torna quase um superpoder. Não se trata de ser o “chato da
planilha” ou aquele colega que passa dez minutos alinhando a logomarca no
PowerPoint. É sobre ter a capacidade de enxergar o que ninguém mais viu – e,
com isso, evitar retrabalhos, constrangimentos e até prejuízos. Segundo a
Harvard Business Review, grande parte dos problemas que geram retrabalho nas
empresas não são falhas gigantescas de planejamento, mas pequenos descuidos que
passam despercebidos. É a data errada em um contrato, uma fórmula mal copiada
no Excel ou aquele zero que sumiu no orçamento. Situações aparentemente simples
que podem custar caro. Vamos imaginar uma cena que é mais comum do que parece:
uma equipe está finalizando uma proposta estratégica para um cliente
importante. Tudo parece perfeito, apresentação bonita, valores revisados… até
que um colaborador, com um olhar atento, percebe que o valor da proposta estava
digitado com um zero a menos. Ou seja, a empresa estaria praticamente
oferecendo um desconto generoso de milhares de reais sem querer. Graças à
atenção desse profissional, o erro foi corrigido a tempo e o negócio seguiu
para o cliente sem comprometer a margem da empresa. Naquele dia, o colaborador
ganhou o título informal de “Herói do Mês” e um café pago pela equipe – porque
salvar a empresa de um prejuízo merece uma recompensa. Ser detalhista, no
entanto, não significa ser perfeccionista ao ponto de paralisar o trabalho. Há
uma diferença entre buscar excelência e perder horas em minúcias irrelevantes.
O bom detalhista sabe filtrar o que realmente importa para o resultado final.
Checklists, revisões sistemáticas e até o famoso “olho extra” de um colega
antes de enviar algo importante são ferramentas simples que ajudam a
identificar pontos de atenção sem comprometer a produtividade. No fim das
contas, o detalhismo é como o bom tempero na comida: ninguém percebe quando
está na medida certa, mas todo mundo sente quando falta. E quando falta… bem, é
quando vemos contratos voltando para revisão, clientes pedindo correções e
equipes gastando horas para refazer o que já tinha sido feito. Por isso,
cultivar o olhar atento é mais do que uma habilidade técnica – é uma
contribuição direta para a qualidade e para a reputação da empresa. Se você
ainda não se considera uma pessoa detalhista, que tal começar com pequenas
práticas? Revise seus e-mails antes de enviar, cheque os números importantes
duas vezes e pergunte a si mesmo: “Faz sentido o que estou entregando? ”. Às
vezes, é nesse segundo olhar que você encontra o detalhe que fará toda a
diferença – e salvará o dia.
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