RH em Pauta

Empatia: a competência que humaniza as relações e fortalece as equipes

29/07/2025 | Por: @atribunapiracicabana

RH em Pauta

A empatia é definida como a capacidade de compreender, a fundo, o sentimento ou a reação da outra pessoa, imaginando-se nas mesmas circunstâncias que ela. É muito mais do que um gesto de educação ou simpatia momentânea — trata-se de uma habilidade essencial para convivência, cooperação e liderança. No mundo corporativo, a empatia tem ganhado cada vez mais destaque como competência comportamental estratégica. Em um ambiente onde convivem pessoas com histórias, formações, crenças e perfis distintos, saber se colocar no lugar do outro é uma ponte para o respeito, a escuta ativa e a resolução de conflitos de forma construtiva. Diferentemente da simpatia, que nos leva a reagir com emoção diante do sofrimento alheio, a empatia nos convida a compreender profundamente. É um esforço consciente de olhar uma situação a partir da perspectiva da outra pessoa, sem julgamento e com abertura genuína. Essa atitude cria ambientes mais seguros emocionalmente, onde os colaboradores sentem-se valorizados e escutados — pilares fundamentais para engajamento e de parecer algo natural, ser empático exige prática e autoconhecimento. É necessário desacelerar, prestar atenção, evitar interrupções e resistir ao impulso de “corrigir” ou “minimizar” o que o outro está sentindo. A empatia não busca resolver de imediato, mas acolher. Infelizmente, muitos ambientes de trabalho ainda não estimulam esse tipo de comportamento. Existe uma cultura, em algumas organizações, de que “sentimentos devem ficar fora da empresa”. Porém, ignorar as emoções não as elimina — apenas dificulta sua gestão. Uma equipe que não exercita empatia tende a enfrentar mais conflitos, ruídos de comunicação, baixa colaboração e um clima organizacional hostil. Por outro lado, equipes empáticas criam conexões mais fortes e verdadeiras. A empatia melhora o trabalho em grupo, facilita a liderança, fortalece a confiança e torna as conversas difíceis mais produtivas. É uma das competências mais desejadas em cargos de liderança e um grande diferencial competitivo no cenário atual. Imagine uma operadora de máquina que tem demonstrado queda de rendimento nas últimas semanas. Um líder focado apenas em desempenho poderia aplicar uma advertência ou cobrança direta. Já um líder empático escolhe outro caminho: convida a colaboradora para uma conversa reservada, pergunta com interesse como ela está se sentindo e ouve com atenção. Durante a conversa, ele descobre que ela está enfrentando uma situação familiar delicada, com um filho doente em casa. Ao compreender o contexto, o líder propõe pequenas adaptações no horário e oferece apoio emocional. O resultado? A colaboradora sente-se valorizada, a confiança na liderança aumenta e, gradualmente, seu desempenho volta ao normal — agora com ainda mais comprometimento. Essa é a força da empatia: transformar relações e fortalecer resultados por meio da escuta, da compreensão e do respeito. Você tem disso empático em suas relações, sobretudo no trabalho? Pense nisto. Na próxima semana vamos abordar a capacidade de ouvir. Combinado?

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