RH em Pauta

Relacionamento Interpessoal: O Que Nos Conecta Também Nos Impulsiona

18/11/2025 | Por: https://www.atribunapiracicabana.com.br/

RH em Pauta

No ambiente de trabalho, as competências técnicas podem até abrir portas, mas é o relacionamento interpessoal que mantém essas portas abertas. A capacidade de estabelecer conexões genuínas, construir confiança e criar vínculos saudáveis é um dos fatores que mais influenciam o clima organizacional, a produtividade e, claro, os resultados coletivos. Daniel Goleman já afirmava que “não são as capacidades cognitivas que distinguem os melhores profissionais, mas sim as emocionais” — e isso inclui a habilidade de se relacionar bem. Relacionamento interpessoal não significa ser extrovertido ou falar o tempo todo. Significa saber ouvir, perceber o outro, compreender perspectivas distintas e colaborar. É a arte de conviver somando, não competindo. Como diz Dale Carnegie, “o sucesso de um relacionamento está na capacidade de compreender o ponto de vista do outro e fazer com que ele se sinta importante”. No trabalho, essa habilidade transforma equipes comuns em equipes de alta performance. Para ilustrar, imagine o seguinte cenário: duas áreas da empresa não se entendem há semanas. A comunicação é truncada, pedidos chegam incompletos e as entregas atrasam. Um colaborador decide chamar representantes das duas equipes para uma conversa franca, mas respeitosa. Durante o diálogo, ele percebe que os conflitos não tinham nada a ver com falta de competência — era apenas ruído de comunicação e interpretações equivocadas. Ao facilitar esse alinhamento, ele devolve fluidez ao processo e melhora a cooperação entre setores. Um detalhe simples: alguém decidiu ouvir antes de reagir. E isso fez toda a diferença. Relacionamentos interpessoais são como pontes: quando bem construídas, sustentam o trânsito das ideias, das emoções e dos resultados. Mas quando negligenciadas, rapidamente se deterioram. Por isso, pequenas atitudes diárias fazem grande diferença: perguntar como o colega está, oferecer apoio, dar feedback com respeito, reconhecer contribuições e praticar a empatia. Cada gesto reforça a mensagem de que ninguém trabalha sozinho — e que o sucesso é sempre compartilhado. Quando cultivamos bons relacionamentos, o ambiente fica mais leve, as pessoas se sentem mais seguras para colaborar e os desafios deixam de ser um peso individual para se tornarem um esforço conjunto. No fim das contas, relacionar-se bem não é apenas uma habilidade profissional — é uma das maiores demonstrações de maturidade emocional e de compromisso com o time. E, conforme o combinado, na próxima semana vamos falar sobre o Entusiasmo — aquela competência da Sólides que explica por que algumas pessoas já chegam iluminando o ambiente antes mesmo de acender a luz.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.

CARNEGIE, Dale. Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas. Rio de Janeiro: Sextante, 2012.