Na semana passada abordamos os primórdios da análise comportamental. Esta semana iniciamos nossa conversa a partir dos estudos observados na Idade Moderna. Estes estudos continuaram com Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra suíço. Jung foi o responsável por desenvolver os traços de personalidade, intitulando os tipos de indivíduos nas classificações: produtor, sensitivo, intuitivo e analítico. Anos mais tarde é definido o DISC, um modelo baseado no trabalho do Dr. William Moulton Marston (1893-1947) para examinar o comportamento dos indivíduos em um determinado ambiente. Ele chegou neste resultado por meio de pesquisas que incluíam instrumentos estatísticos, inclusive conhecimentos da biofísica. Para Marston, existem quatro tipos básicos de comportamentos previsíveis observados nas pessoas, e tais respostas comportamentais ocorrem a partir da combinação de duas dimensões: uma interna (referente à percepção do poder pessoal no ambiente) e outra externa (referente à percepção da favorabilidade do ambiente). Como resultantes dessa matriz, temos os seguintes fatores: Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade, assim definidos:  Dominância – relativo a como a pessoa lida com problemas e desafios; Influência – relativo a como a pessoa lida com pessoas e influencia os outros; Estabilidade – relativo a como a pessoa lida com mudanças e seu ritmo; Conformidade – relativo a como a pessoa lida com regras e procedimentos estabelecidos por outros. Essas quatro dimensões podem ser agrupadas em uma grade, sendo os quadrantes superiores ocupados pelos padrões "D" e "I" (representando os perfis mais ativos) e "C" e "S" abaixo (representando os perfis mais receptivos). "D" e "C", em seguida, compartilham a coluna da esquerda e representam estilos mais focados em tarefas/resultados, enquanto "I" e "S" compartilham a coluna da direita e representam estilos mais voltados a pessoas. Nesta matriz, a dimensão vertical representa um fator de "comportamento ativo" ou "comportamento receptivo", enquanto a dimensão horizontal representa "ambiente percebido como desfavorável" x "ambiente percebido como favorável". Os modelos de análise comportamental são baseados neste conhecimento secular. Mas quais suas aplicações práticas? Um treinamento adequado, por exemplo, pode levar a um aumento da produtividade, pois os colaboradores estarão mais preparados e eficientes em suas tarefas, quando considerados esses aspectos.   Em uma empresa, o treinamento pode focar em novas tecnologias, ferramentas de software, habilidades de comunicação ou liderança, dependendo das necessidades.  No esporte, o treinamento pode ser focado em melhorar a velocidade, força, resistência ou técnica, dependendo da modalidade e do atleta.  Em resumo, o treinamento, seja na empresa ou no esporte, deve ser específico e direcionado para as necessidades individuais ou do grupo, garantindo que os esforços de treinamento sejam eficazes e tragam resultados positivos. A análise comportamental contribui para isso. Na próxima semana abordaremos o profile. Combinado?

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